O Correio do Povo desta terça-feira, 27/05, publica hoje mais este meu registro sobre a absurda construção na praça da Alfândega do prédio – grudado no edifício Querência – onde irão funcionar serviços da prefeitura atinentes à praça, mais revistaria, cafeteria e SANITÁRIOS
"No caso do prédio onde deverão funcionar os sanitários da Praça da Alfândega, há uma dupla desconsideração da Prefeitura para com a população: a primeira, é que a construção tapou parte da obra de arte existente num dos lados do Edifício Querência, de autoria do artista dinamarquês Svend Hensen (1979), conforme já denunciei algumas vezes; segunda: embora o prédio esteja concluído há mais de seis meses, os sanitários permanecem inacessíveis ao público, gerando até a afixação, em árvores, de cartazes com recados de frequentadores da praça apelando ao prefeito pela abertura do local. Há previsão de funcionamento ali, também, de cafeteria, revistaria e serviços da Prefeitura atinentes à praça. Penso que estejam aguardando para inaugurá-lo festivamente durante a Copa, como mais um legado à cidade... Enquanto isso, os necessitados que se virem como puderem."
Revolto-me porque durante a construção daquela coisa horrorosa não se leu nem se ouviu qualquer protesto de parte de algum representante da cultura quanto à violência cometida contra uma obra de arte na cidade. Todo mundo deixou passar em brancas nuvens, mesmo que um decreto municipal de 1911 estabeleça que os edifícios a serem construídos na capital tenham, pelo menos em uma de suas paredes, uma obra de arte. E o painel, que toma conta de toda a parede dos fundos do edifício Querência, sede da Caixa Econômica Federal, foi esculpido em 1979, portanto, já muito tempo antes do advento da lei.
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