quinta-feira, 1 de agosto de 2019

PORTO ALEGRE, UMA CIDADE EM TOTAL ABANDONO



Ao sair de casa diariamente sou acometido de uma enorme nostalgia dos tempos em que Porto Alegre era gerenciada por administradores operantes, de muita visão e sempre presentes: Loureiro da Silva, Guilherme  Socias Villela, Telmo Thompson Flores e  João Dib. Olívio Dutra e Tarso Genro não podem ser esquecidos, mas depois a cidade começou a entrar em decadência até chegar ao ponto em que se encontra.
A sempre alegada falta de dinheiro não justifica a buraqueira infernal que os motoristas têm que enfrentar, a falta de sinalização horizontal nas principais avenidas, a sujeira, os contêineres para lixo orgânico e seco sendo usados de forma incorreta pela falta de uma efetiva campanha de conscientização. Não justifica também as avenidas Salgado Filho e Borges de Medeiros (foto) continuarem sendo uma rodoviária a céu aberto, numa total confusão que envolve ônibus, lotações, carros particulares, táxis, veículos de entrega de mercadorias e pedestres. Ainda quanto ao transporte coletivo, somos obrigados a usar veículos que se assemelham a carroças, sujos, sem o menor conforto e sem qualquer indicação de que o poder público os fiscalize. Falaram em padronizar suas cores de acordo com a região a que atendem, mas até hoje há mais ônibus com as cores antigas do que novas. E isso é sinal que ainda continuam trafegando carros velhos.
O Centro da cidade é uma terra de ninguém. Qualquer pessoa age como quer e ninguém coíbe os abusos. As faixas de (in)segurança estão inacessíveis aos pedestres porque os vendedores de hortifrútis tomaram conta dos seus acessos. Há ambulantes em demasia, vendendo de tudo e livremente, sendo essa permissividade uma forma cômoda de justificar a falta de mais empregos.  A pavimentação das vias principais é um caos. Rua da Praia é um desastre, um atentado aos deficientes visuais; Praça da Alfândega, idem; entorno da Praça XV é um buraco só, reformado que foi há menos de cinco anos. Posterga-se por vezes seguidas a entrega de obras vitais e/ou de importância turística para a cidade (caso do lago dos Açorianos).
O atual prefeito tem dito que está conseguindo colocar as contas em dia. Mas sou capaz de apostar como o dinheiro para os consertos necessários – guardado – só vai começar a aparecer a partir de janeiro, uma vez que o nosso gerente já se declarou candidato à reeleição. Até o fim do ano será esta penúria. Depois, um festival de inaugurações. Aí, pode ser que o sr. Júnior resolva finalmente, como fazia na campanha eleitoral, andar pelas ruas da cidade – a que ele vem virando as costas – inspecionando obras.


sábado, 29 de junho de 2019

FAIXAS DE (IN)SEGURANÇA

O Correio do Povo deste sábado, 29/06/19, publicou este texto de minha autoria:
"A manutenção das faixas de segurança, por certo, cabe à EPTC. No entanto, grande parte delas está com a pintura quase sumida e o que é pior, nas ruas centrais – Salgado Filho e transversais – seu acesso está obstruído pelos ambulantes que comercializam hortifrútis e outras quinquilharias. Ora, se são de segurança, devem servir de garantia aos transeuntes, que acabam procurando outros caminhos para atravessar a via... sem segurança. A EPTC, então, seja por meios próprios ou solicitando apoio da Guarda Municipal e/ou da Brigada, tem por obrigação fazer valer esse direito dos transeuntes. Aliás, as ruas centrais foram tomadas pelos hortifrútis. O Centro é uma verdadeira sucursal da Ceasa. E continuará sendo, pois ninguém toma providências para estancar os abusos, reconhecendo, desde já, que a origem do problema é o acentuado desemprego. Mas tem que existir ordem. E já que falo em pintura de faixas, aproveito para mencionar também que em muitas avenidas de Porto Alegre a sinalização horizontal inexiste. Os motoristas têm que adivinhar onde estão as pistas e o problema se acentua muito à noite, principalmente em vias com pouca iluminação, como a Estrada da Serraria e outras vias, por exemplo."
Aliás, volta e meia abordo esta questão das faixas de (in)segurança, seja aqui pelo blog, pelo Face ou pelo jornal. Mas, tempo perdido. As autoridades não estão nem aí...

sábado, 1 de junho de 2019

CASA AZUL: PRAZO ATÉ 28 DE OUTUBRO... SERÁ?

Na placa colocada ao alto do prédio está estampada a data de término da "obra de estabilização do imóvel Casa Azul": 28 de outubro de 2019, com todas as letras e números. Vamos anotar, acompanhar e cobrar. Acho que neste prazo já estão computados as chuvas, os ventos e outros imprevistos mais. É claro que não podemos culpar apenas esta administração municipal pela demora. O impasse já vem de outros governos. Mas este é um detalhe que não interessa ao contribuinte, cansado de tanta demora, adiamentos e bagunça no trânsito das ruas Riachuelo, Marechal Floriano e entorno.

domingo, 19 de maio de 2019

OPA! NÃO DÁ PARA COMPARAR...

Em nossa estada em Lisboa Virginia e eu pegamos uns três dias de chuvas e, caminhando pelas belas avenidas recuávamos instintivamente para o canto das calçadas à aproximação de algum veículo para não sermos atingidos pela água que pudessem nos jogar. De repente, nos demos conta de que lá não era como em Porto Alegre, onde, devido à péssima pavimentação a água da chuva costuma empoçar e acabamos encharcados quando os carros passam por áreas próximas às calçadas como a que a foto mostra (avenida Icaraí, mas poderia ser qualquer uma outra via...). É tudo uma questão de educação, de cultura e de saber aplicar bem o dinheiro que se arrecada com a enorme quantidade de impostos que infernizam nossas vidas. Um dia, quem sabe, chegaremos lá!!! Em Lisboa, apenas a própria chuva era capaz de nos molhar...

RUA DA PRAIA VIROU UM CHIQUEIRO


Não há quem, em passando pela Rua da Praia, entre Borges e Uruguai, na tarde de sexta-feira, 17/05/19, não tenha ficado enauseado com o esgoto que tomava conta da via pública e com o consequente fedor que exalava. Eu já havia postado, lá pela quarta-feira, uma outra foto do líquido nojento que brotava -- há vários dias -- de uma das tampas de esgoto na esquina com a Travessa Acilino de Carvalho, ou seja, bem no coração do Centro da cidade. Pois o que mostrava aquela foto era fichinha perto do que fotografei hoje. A nojeira, espalhando-se pela via, descia pela Rua Uruguai e somente ia sumir em um bueiro na esquina da Rua José Montaury.
Eu, se fosse os comerciantes prejudicados, processaria não a Prefeitura, mas o próprio prefeito pelo seu permanente descaso para com a cidade, sempre ausente em tudo. Ele já deveria estar a par do problema na principal rua da Capital, que se arrastava por dias. Mas, como em sua "administração"
é tudo "despacito", então deixar chegar a este estado não foi nenhuma novidade. Pobre e triste Porto Alegre...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

UMA CIDADE QUE PERDEU A ALEGRIA

Ao sairmos de uma consulta médica na avenida Independência, Virginia e eu resolvemos ir a pé até o Centro da cidade, justamente por recomendação do médico. Percorrendo o trecho, foi-nos invadindo uma nostalgia da Porto Alegre que conhecemos e em que vivemos no passado e que fazia jus ao seu nome. Conhecemos a mesma avenida Independência quando era charmosa, com os belos prédios que a adornavam, mão dupla e pistas separadas por um canteiro, com o vai e vem dos bondes. Chegamos na Praça Dom Feliciano por volta das 19 horas, dia claro ainda, mas já com bem menos gente na rua, e passamos a andar mais rápido, olhando para os lados e para trás. O que observamos até aqui: os belos conjuntos arquitetônicos da Independência deram lugar aos impessoais prédios envidraçados. As casas antigas que restaram estão em condições lastimáveis de conservação, a maioria já tendo passado pela ação dos marginais que emporcalham qualquer parede que encontram pela frente com seus malditos sprays. Nem mesmo o belo prédio da Secretaria Municipal da Cultura - a Casa Torelly - escapou da sanha desses vândalos que se valem da falta de uma legislação mais forte que os puna exemplarmente. O canteiro central, é claro, caiu fora para que a via se tornasse pista de mão única. E os bondes ficaram só na saudade. 
Passando pela praça e percorrendo a rua dos Andradas, nossa nostalgia foi ainda mais forte. Casas que conhecemos íntegras agora já nem tanto. O calçamento de paralelepípedos - que foi tombado segundo consta - esburacado, desparelho, totalmente descaracterizado. Fedentina tomando conta da rua. E por aí afora.
Nossa nostalgia está também em que vivemos um tempo em que as pessoas eram educadas, cultas interessadas, atenciosas, muito menos egoístas, totalmente o oposto de hoje. Há alguns anos as famílias se encarregavam da educação de suas crianças e as mandavam para a escola para ali receberem a formação para a vida. Hoje as famílias esperam que as escolas, além de formarem, também eduquem os seus filhos. Assim, o que esperar de um marmanjo que num ônibus coloca seus tênis imundos sobre o assento onde depois irá sentar uma pessoa com roupa limpa, se em casa sempre permitiram que ele tivesse essa atitude ao sentar-se na sala?
Infelizmente, nosso Portinho, há muito, deixou de ser alegre. Triste, isso! (A foto da Casa Torelly - pichada - é do Jornal do Comércio)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

CORREDOR DA PE. CACIQUE: O POVO DE NOVO PAGA O PATO


O que denunciei em agosto de 2017 sobre o corredor de ônibus da Protásio Alves (reprodução do Face, em cima), denunciei também - por algumas vezes - sobre o corredor da Padre Cacique. Ao percorrê-los, sempre escutei o ruído das placas de concreto como se soltas estivessem. Não fosse isso, alguma coisa estaria errada. Pois agora as empreiteiras, por força de contrato e de garantia do serviço, começam a trabalhar na Padre Cacique (foto de baixo) para corrigirem os absurdos ali cometidos. A Prefeitura não vai gastar nada? Ótimo. Afinal, o serviço foi mal feito, mesmo. Mas quem vai pagar o pato, mais uma vez, é a população, que terá de enfrentar por uns 60 dias - como foi anunciado - os transtornos do desvio de tráfego desde o viaduto Pinheiro Borda até o viaduto Dom Pedro I. É dose! Tudo por conta da falta de acompanhamento e fiscalização da obra e, sobretudo, do seu recebimento em nome da Prefeitura de maneira apressada e descompromissada. E assim são todas as obras públicas realizadas na cidade. Não podemos mais ter certeza de nada. Quem garante que as trincheiras da Cristóvão, da Ceará e da Anita funcionarão normalmente quando forem finalizadas? Quem garante que a da Plínio Brasil Milano com Carlos Gomes um dia começará? E a avenida Tronco - que já tem até verba garantida - vai terminar no prazo? Quem garante tudo isso? O prefeito? Faz-me rir...