A falta dos sanitários

2014 se aproxima célere e há muita coisa para fazer com vistas à Copa do Mundo. São mil e um detalhes a serem pensados e executados, mas muita coisa, por certo, será deixada para trás. No entanto, faço uma observação que considero importante: até agora não li ou ouvi nada com relação aos sanitários públicos, em especial os do centro da cidade. Os que existem e resistiram à passagem do tempo estão sem condições de uso pelas pessoas com o mínimo de exigência. É impossível entrar em algum deles sem que se sinta revolta no estômago, tamanha a imundície. Não me refiro à falta de cuidado dos funcionários da Prefeitura encarregados de sua manutenção, mas os próprios usuários é que os levam à condição em que se encontram. A maioria dos sanitários descende das décadas de 30, 40 ou 50, tendo passado por reformas ao longo do tempo, mas insuficientes para deixá-los em condições plenas de uso que a população de hoje exige. As praças da Alfândega, Quinze, Otávio Rocha e Dom Feliciano, apenas para citar algumas do Centro, estão equipadas com sanitários, e clamam não por reformas, mas por construção de novas unidades que contemplem o uso livre e o pago. A praça da Matriz não tem sanitários e numa das últimas manifestações dos professores ali o Sindicato de classe providenciou na colocação de  WCs químicos (foto de cima; a de baixo mostra o sanitário da praça Otávio Rocha, tão antigo quanto a própria praça).

A Copa é apenas uma desculpa que encontrei para abordar este assunto. O problema é que para o Centro, hoje em dia, convergem cada vez mais pessoas que passam ali o dia inteiro. Muitas fazem uso de diuréticos, outras têm problemas intestinais e são obrigadas a recorrerem aos bares, restaurantes, shoppings, lojas e outros estabelecimentos para satisfazerem suas necessidades mais urgentes, o que não é justo, já que como contribuintes têm direito também a esse tipo de serviço. (Fotos LCV)